Caminha quer aproximar-se de Espanha e estuda nova ponte sobre o Rio Minho
Trata-se de uma “oportunidade histórica” para o fortalecimento dos laços ibéricos.
O Município de Caminha anunciou esta terça-feira que a ligação transfronteiriça com o município de A Guarda, na província de Pontevedra, inserida na comunidade autónoma da Galiza, está “oficialmente em marcha”, num “passo firme rumo a um objetivo estratégico que o município de Caminha tem vindo a defender de forma determinada: reforçar a competitividade, a mobilidade e o desenvolvimento integrado da nossa região”.
A ligação Caminha – A Guarda foi uma das três ligações em debate na reunião da Comissão Técnica Mista Luso-Espanhola de Pontes, que decorreu em Madrid e juntou a Infraestruturas de Portugal e a Direção Geral de Estradas de Espanha.
“Durante o encontro foi analisado o avanço de um estudo de viabilidade, peça essencial para que esta travessia reclamada há décadas e fundamental para o futuro de Caminha avance com rigor, segurança e visão estratégica”, refere a autarquia em comunicado.
Atualmente, a ligação terrestre entre os dois municípios demora cerca de 35 minutos, com o acesso a fazer-se através da ponte sobre o Rio Minho existente no concelho de Vila Nova de Cerveira. A construção da nova ponte permitiria reduzir significativamente o tempo de viagem.
“A ligação internacional não é apenas uma obra. É uma oportunidade histórica. Ao aproximar dois territórios irmãos, abre portas à dinamização turística, à revitalização económica, à criação de emprego e ao reforço da nossa identidade europeia partilhada”, pode ler-se ainda na nota, que refere a importância vital de “preparar o concelho para os desafios da próxima década”.
“A abertura deste corredor internacional reforçará as empresas locais, dará novas alternativas de mobilidade às famílias e projetará o concelho como um território moderno, ligado e competitivo. O Município de Caminha continuará a trabalhar lado a lado com as autoridades portuguesas e espanholas, garantindo que a voz do concelho é ouvida e que este processo avança com a determinação que a população merece”, conclui a nota.