Cooperativas Agrícolas pedem a Montenegro que vote contra PAC pós-2027

Descontentes com a proposta da Comissão Europeia para a Política Agrícola Comum (PAC) pós-2027, as cooperativas agrícolas pedem ao primeiro-ministro que assuma “uma posição firme contra a reforma” que a Comissão Europeia pretende levar a cabo.
Ana Rita Cristovão
Ana Rita Cristovão Jornalista
16 dez. 2025, 12:05

Imagem de plantas na terra
Fotografia: CONFRAGI pede posição firme do Governo sobre PAC pós-2027. DR

É já na próxima quinta-feira, dia 18, que o Conselho Europeu vai voltar a discutir a Política Agrícola Comum pós-2027. Mas o documento está a gerar discordância entre o setor agrícola, que também nesse dia vai reunir-se em Bruxelas para uma manifestação.

Em causa está “um corte nominal de cerca de 22,5% no orçamento da PAC, a sua renacionalização e a criação de um Fundo Único de Agricultura e Coesão”, explica a CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal CCLR.

Além de ser uma das confederações presentes no protesto, a revolta foi também expressa numa carta dirigida ao primeiro-ministro, onde a organização pede que Luís Montenegro “não dê um parecer positivo à aprovação de uma proposta que coloca em causa a segurança e a soberania alimentar dos cidadãos” e que “pode gerar consequências desastrosas para a produção nacional e para a competitividade do setor”.

Na carta enviada ao primeiro-ministro pelo presidente da CONFRAGI, Idalino Leão, apela-se ainda a que “Portugal assuma, igualmente, uma posição firme contra esta reforma na reunião do Conselho Europeu, alertando para os graves riscos que a proposta representa para o setor agrícola nacional e europeu”.