Kartódromo de Castelo Branco já tem impacto na economia local
A pista do Kartódromo de Castelo Branco foi homologada há cerca de três semanas e, além de estarem garantidas em 2026 duas provas do calendário nacional, a estrutura começou a ser mais procurada por pilotos e equipas que a utilizam para treinarem e otimizarem processos e equipamento.
“Esta é uma mais-valia não apenas para Castelo Branco como também para a região, porque em cada fim de semana em que há provas os hotéis ficam lotados, os restaurantes cheios, o comércio, e tem impacto na economia local”, diz ao Conta Lá Miguel Ramos, da Escuderia de Castelo Branco, clube que gere o Kartódromo, propriedade do município.
Miguel Ramos salienta que, em cada prova, participam 80 pilotos, que se fazem acompanhar de cerca de quatro pessoas cada e que, além de cada fim de semana de competição, há um anterior, de treinos. Sinónimo de movimento e que se traduz num dínamo social e económico.
Para 2026 está assegurada uma das etapas do campeonato Nacional de Karting, nos dias 30 e 31 de maio, e o Rotax Max Challenge Portugal, competição nacional de karts que correm com o mesmo tipo de motor, em 9 e 10 de maio.
Salto qualitativo
O salto dado com a homologação, por três anos, da pista por parte da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), depois de feitas as melhorias necessárias, é motivo de entusiasmo para os adeptos albicastrenses de desportos motorizados e para a Escuderia de Castelo Branco.
“Sempre foi um sonho dos sócios e aficionados das corridas”, enfatiza o representante da Escuderia, clube com 56 anos e organizador de “dez provas federadas, nacionais e internacionais”.
Para a Escuderia de Castelo Branco, o “segundo clube nacional” com maior relevância nos desportos motorizados no país, atrás do ACP, este passo representa também um crescimento contínuo, um reforço do prestígio e capacidade de organização e novos desafios, para os quais os colaboradores já estão capacitados, com a formação necessária.
O Kartódromo, construído pelo município, abriu há cinco anos e era utilizado para provas de lazer.
Agora, existe a possibilidade de acolher também corridas oficiais espanholas, através de uma parceria com a federação de Espanha. A homologação internacional “não está nos planos a curto prazo” e é uma questão de investir no montante que implica o processo burocrático.
Obras repartidas entre clube e município
Construído em 2020, um investimento de cerca de 900 mil euros da Câmara Municipal de Castelo Branco, o Kartódromo beneficiou agora de uma nova fase de melhoramentos, com custos repartidos entre a autarquia e a Escuderia.
O município asfaltou a zona do paddock, que era em terra batida, foi construído um muro na reta da meta e caixas de gravilha ao longo da pista, aspetos que melhoraram a segurança, explica Miguel Ramos.
O clube que gere o espaço ficou responsável por instalar a pianha a meio da reta da pista, utilizada pela direção de corrida, e a que está acoplado um semáforo.
A pista tem 1220 metros, 10 metros de largura e agora três zonas de controlo de setores, três áreas onde é possível controlar os tempos, face a apenas uma que existia antes.
Miguel Ramos enfatiza que o Kartódromo de Castelo Branco, localizado no Parque de Desportos Motorizados da cidade, entrou no lote de quatro “com este nível” no país, a par das pistas de Vila Real, Palmela e do Autódromo Internacional do Algarve.
O licenciamento da pista de ralicrosse foi também renovada, informa o representante da Escuderia.